Crítica: Noitários de Arrepiar
“Noitários de Arrepiar” é um terror infantil, original Netflix, mas que infelizmente não assusta, ameaça ou diverte.
Alex é um garoto que tem uma paixão pelo terror. Por conta disso é deixado de lado na escola e chamado de esquisito pelos colegas. Tudo isso porque sua paixão o faz escrever histórias assustadoras. Quando conhecemos o jovem, ele está triste e seus pais preocupados. Mas isso o faz querer fugir de casa e, mais tarde descobrimos, destruir todas as suas histórias. Porém, enquanto está no elevador se depara com um ambiente e é atraído para ele. Para seu azar é a casa de uma bruxa e para não morrer, tem que contar uma história diferente toda a noite, uma de terror.
A bruxa, além de ameaçar ele, também é crítica! A cada conto, ela interrompe com observações sobre a escrita ou a fantasia dentro deles. Além deles temos Lydia, outra refém da bruxa e a gata Leonora, que não se mostra amigável de início.
A exemplo de Coraline, onde o gato mostra o caminho para um outro universo, várias teorias surgem. Infelizmente, apesar da tentativa, aqui as informações acabam passando batidas pelo ritmo do filme. Natacha, a bruxa, é uma personagem interessante, mas gostaria de saber mais dos poderes e de como funciona a casa. Até mesmo saber um pouco das outras crianças que morreram. Já quanto aos contos, temos claras referências a “João e Maria” e outras mais sutis, como “A Bela e a Fera”.
“Noitários de Arrepiar” é uma abordagem de transição da fantasia para o horror. Isso remete a vontade original dos contos de fadas que, se hoje são fantasias que nos fazem sonhar com um mundo encantado, antes era a forma de dar medo as crianças e ensinar alguma lição de moral embasada no trauma!
Bom para assistir em familia