“Eduardo e Mônica” é distribuído pela Paris Filmes, aclamado pela crítica e com uma data de estreia que muda mais do que qualquer outra!

Em 1986 o Legião Urbana lança sua música “Eduardo e Mônica“, no qual descreve a vida de um casal, desde o momento que se conheceram até a forma que se encontravam. Desde então ela se tornou uma das mais famosas músicas nacionais. Quase não é possível se encontrar alguém que não conheça nem mesmo um verso. Essa fixação também se dá por conta das referências em outras produções e comerciais, a mais conhecida é a ação de Dia dos Namorados da Vivo em 2011.

Mas a questão aqui é a adaptação para o cinema, e como tal sua liberdade. Afinal a música, por maior que seja, não oferece os detalhes que precisamos para o cinema. Sendo assim a coragem está aqui, as escolhas feitas para tornar tudo mais interessante. Entretanto, é bom lembrar que “o livro é melhor que o filme”, no caso a música? Não, são mídias diferentes, com cada uma exigindo características únicas.

Assim, o filme brinca muitas vezes com a literalidade. Fazendo com que partes da música estejam descritas, em seus detalhes, nas cenas. Mas também inova, mudando alguns pontos. O “amigo do cursinho” se transforma no melhor amigo, sem cursinho. Também da uma história para personagens, além do amigo já citado, Mônica. Aqui ela tem uma família, crenças, medos e posicionamentos bem determinados.

“Eduardo e Mônica” oferece uma viagem no tempo, para uma época aparentemente distante, mas que por conta das familiaridades remete ao presente. Afinal, “quem um dia irá dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração?”.