Crítica: Atypical
“Atypical” é uma das séries teen da Netflix que traz como personagem principal um adolescente autista passando pelos desafios dessa etapa da vida. A produção já foi encerrada e conta com quatro temporadas.
Sam é o personagem principal e nosso ponto de vista sobre tudo. É através dele que vemos as relações de sua família e amigos e como afetam o ambiente ao seu redor. Fora do ambiente familiar, os maiores personagens são Julia e Zahid, psicóloga e amigo, respectivamente. O interessante dos dois é como aconselham o jovem, muitas vezes de forma totalmente opostas.
Em sua família temos a visão da distância entre os pais, que mais tarde até resulta na separação. E por fim sua irmã, que constantemente se põe em segundo plano por Sam. Mas é quando se abrem para deixar o rapaz viver e aprender por si, que começam a se compreender melhor.
Ao longo das temporadas vamos acompanhando o desenvolvimento com um plus de imprevisibilidade. Sam começa super protegido, acompanhado constantemente pela família e amigos, mas ao final chega a cursar a faculdade e até se inscrever para uma viagem de campo. Sua irmã estava sempre sendo discreta e guardando tudo para si, mas depois se descobre e passa a fazer escolhas suas. Seus pais aprendem a dar espaço, dedicar tempo para suas vidas e para se dedicar aos seus próprios medos e sentimentos.
“Atypical” é completa, redonda e mostra o crescimento pessoal de todos sem ter como bloqueios as questões de cada um, mas sim um detalhe que pode ser lidado. Porém, mesmo tentando ter uma “vida normal”, Sam começa a nos ajudar no questionamento de que esse “normal” não é prático ou a melhor forma.