Crítica: A Sogra Que Te Pariu
“A Sogra Que Te Pariu” é uma sitcom nacional, exclusiva da Netflix, que mostra a história de uma família obrigada a conviver na pandemia.
Carlos, preocupado com sua mãe, a convida para morar com ele durante a pandemia. Mas, o lockdown que duraria 3 semanas, se tornou uma eternidade. Além disso, fica pior pois Dona Isadir não tolera sua nora, Alice. Contudo, depois da melhora do cenário, Dona Isadir passa a se recusar a sair da casa e, agora, a convivência fica ainda mais tumultuada.
A base da sitcom é o humor e as situações da vida, e aqui ao menos as situações são postas. Cada personagem traz um núcleo, vivência, bolha e sua cartela de situações. Além disso, elas são fáceis de se identificar. A sogra que não gosta da nora, o filho que defende a mãe, empregado que pede salário ou os filhos que são bancados pelos pais e vivem do lazer e para o prazer.
Mas, apesar disso, a série não faz rir. São situações e nada além delas, sem até conclusões ou peso. Afinal, por mais que não seja um foco, sempre temos uma história pouco recorrente entre os episódios de humor, e aqui não temos. A trama começa e termina em um episódio, mesmo aquelas com consequências só voltam no episódio final, só que isso tira até a bagunça que parecia a ordem. Fora que as piadas e comparações, por mais brasileiras, que facilitam identificação, só funcionam em situações extremamente pontuais.
“A Sogra Que Te Pariu” tem a ideia, mas não o ritmo. O melhor momento dos episódios é o final. Não apenas por terminar, mas porque os erros de gravação são mais interessantes do material “oficial”. Bom para o teatro, mas não para TV.