Crítica: A Hora do Desespero
“A Hora do Desespero” é um drama da Paris Filmes que faz certo em entender qual o tempo o filme precisa ter.
Prestes a completar um ano da morte de seu marido, Amy tenta levar as coisas o mais normal possível e seguir com a vida e sua família. Porém, numa manha, durante uma corrida no bosque, ela nota uma movimentação estranha. Pouco depois, descobrimos que um atirador invade uma escola e que seu filho mais velho, Noah, está entre os alunos dentro do prédio. Assim, ela começa uma corrida para buscar informações, falar com a polícia e chegar até a escola.
A trama é isso, simples. Acompanhamos Amy entre as ligações para pessoas que podem, ou não, ajudar. Por conta disso, quase todo filme é em meio a floresta onde ela fazia sua corrida. Contudo, até o início de sua relação com os policiais, a personagem faz uma série de ligações que quase fazem o espectador questionar sua inteligência, e sem o plot, o filme se perderia aqui.
A forma simples que tudo acontece faz você imaginar diversos cenários. Ao utilizar um tiroteio em escolas, é claro que o filme terá um peso maior para os espectadores estadunidenses. Ainda mais, considerando os recentes acontecimentos. E tudo fica mais tenso quando as únicas interações de Amy são através de seu celular. Mas, ainda sobre esse ponto, o filme também funciona perfeitamente como uma propaganda do Iphone. O celular funciona perfeitamente no meio do mato, ligação de voz pela Siri é utilizada, GPS e direcionamentos impecáveis, contudo ganha o humor quando é preciso um carregador e ninguém pode ajudar.
“A Hora do Desespero” é um suspense consciente, afinal diz que tudo vai durar uma hora e realmente dura esse tempo!