Crítica: Uma Pitada de Sorte
“Uma Pitada de Sorte” é uma comédia e chega aos cinemas mostrando que os destaques desse semestre é dos filmes nacionais.
Pérola é um retrato da maioria dos brasileiros. Nutre um sonho, trabalho por ele, mas pelas suas condições tem que se desdobrar em múltiplas funções para poder ter uma boa vida. Para isso ela conta com a ajuda de seu irmão Fred, seu melhor amigo Lugão e sua mãe. Porém, enquanto trabalha em um restaurante e sonha em seguir sua vida na culinária, também trabalha em uma empresa familiar de festas infantis. Sendo assim, por mais que ajude, sua mãe colabora também com o estresse dela. Entretanto, quando é demitida, seu irmão incentiva uma oportunidade, Pérola ganha seu espaço na televisão e vive uma vida dupla até encontrar seu caminho.
Como dito, a jornada da personagem facilita a aproximação com o espectador. Por ser uma comédia nacional, muitos dos clichês estão presentes, mas ao mesmo tempo que usam deles, também sabem como deixar uma crítica sutil. Além deles, um clichê romântico também está presente, mas admito que a trama seria até mais interessante se não tivéssemos esse fator.
Esse estilo de filme é clássico, mas não perde sua magia. É o típico programa familiar de fim de semana que pode ser aproveitado por todos. Nem muito sério, para agradar os menores, nem muito infantil, que desagrada os adultos. Ainda sim, mostra também como ótimas oportunidades podem surgir de momentos ruins, algo que é até tratado de forma comum, mas aqui ganha uma esfera bem mais interessante.
“Uma Pitada de Sorte” diverte, reflete e é um destaque em um momento que poucos filmes vem realmente se destacando nos cinemas, saindo da curva do esquecível.