Crítica: Velma
“Velma” quebra uma tradição. Afinal, se dizia que não tinha nada de ruim na HBO Max, apenas que não era pro seu perfil, mas essa animação…
A animação tenta se focar em um público adulto. Mas apenas tenta. Ao usar os personagens de Scooby Doo, porém com características exageradas e uma linguagem adulta mais clara, ela se perde. É estranho, já que o material base é muito engraçado, mas literalmente perdeu a graça. Muitas animações para o público adulto segue essa pegada, que eu já tenho uma aversão natural. Esse “humor adulto” quase sempre é idiota, apela para uma conotativa sexual e tem umas piadas estúpidas, sendo educado. E aqui temos tudo isso e mais.
Aqui temos a Velma, nossa personagem principal. Ainda na escola ela é tudo que sempre vimos na obra original. Mas aqui ela tem surtos de ansiedade sempre que pensa em investigar um mistério. Afinal, ela pensa que por conta dessa mania, sua mãe deixou sua família. Agora, mora com o pai e a madrasta que está prestes a ganhar um bebê. Estava tudo tranquilo até alguns assassinatos ocorrerem e ela se tornar uma suspeita.
Os estereótipos dos personagens estão presentes, mas são repensados. Fred ainda é bonito, mas inseguro por não ser “homem”, por exemplo. E é claro o fato de que eles tentam se desprender da série original, por ser infantil, mas jogam indiretas e referências a cada segundo. Não dá para dizer que são “easter eggs“, pois são tudo menos discretos.
“Velma” consegue falhar até em uma proposta fácil. Nem mesmo as piadas fazem você dar aquela micro risada de “rá”. Mas, para não dizer que é de toda ruim, o mistério pelo menos é um pouco interessante.