Crítica: O Chamado 4
“O Chamado 4” é um terror da Paris Filmes que, mesmo sendo a inspiração original, não tem relação com o filme que realmente fez sucesso.
Primeiro, é preciso explicar o contexto. Os filmes com a Samara são americanos e os mais conhecidos. Entretanto, assim como muitas obras, originalmente a ideia é do Japão. Lá, ela é conhecida como Sadako, e age de forma semelhante. Aqui, apesar do nome sugerir que é uma continuação, isso não é verdade. E esse é o ponto mais negativo, afinal já é difícil um filme que se vende como continuação atrair novos expectadores, mas aqui é uma continuação que pode frustrar os fãs da obra.
Ayaka é uma jovem genial, com o QI 200. Kenshin é um monge que já lida com a fita amaldiçoada. O embate começa quando, nas redes socias, os dois travam um debate sobre o tema, com Ayaka sendo mais racional e Kenshin indo para o lado religioso. Descrente, Ayako começa a investigar quando sua irmã assiste a fita e começa a ser perseguida pela fantasma. E é isso, sério.
Para quem tem contato com o estilo japonês de filmes, talvez essa pessoa curta o filme. Como terror é uma comédia, o drama é comédia e como comédia é um desastre. Há estereótipos da sociedade japonesa, como a nerd técnica e observadora, o monge, o recluso social e o rapaz fracassado que se acha um máximo. Porém, se você não tem essa afinidade, nada pode ser levado a sério. Até a novidade no estilo de Sadako, por mais interessante que seja, não sustenta.
“O Chamado 4” tem a jogada de adiantar a morte de quem assistiu a fita em um dia, não sete. Afinal, depois de ver esse filme, você vai sentir que perdeu uns seis dias de vida.