“Os Padrinhos Mágicos” é um dos maiores sucessos da Nick e também um exemplo de uma série que tentou sobreviver o máximo que pôde.

Timmy é um garoto bom, mas tem que aguentar seu pai, sua mãe e a Vicky. Por ser triste, um dia recebe seus padrinhos mágicos, Cosmo e Wanda. Cosmo é um idiota, mas Wanda é esperta e mais responsável. Ao longo da série, além dos episódios mais isolados, temos uma gama bem interessante de personagens recorrentes. Entre os amigos temos AJ, um gênio, e Chester, um garoto mais clássico. Já entre os vilões, além da baba Vicky, temos as anti-fadas e o seu professor, Crocker. Outros mais neutros, como Chip Skaylark e Jorgen.

Apesar de ser focado em um público infantil, o desenho tem um universo bem rico e conectado. Há uma linearidade, rara para a época, na qual todos os personagens tem um espaço, mesmo que pequeno, e são abordados temas até bem pesados. O mais famoso deles é, talvez, o episódio que Timmy deseja nunca ter existido e se depara com um mundo onde todos tem uma vida melhor.

“Os Padrinhos Mágicos” também tem seus ótimos especiais, episódios mais completos e até filmes. Quando falei sobre o passado dos personagens, em um deles vemos como Crocker se tornou quem é. Há um musical, um especial sobre viver dentro da TV e até outro sobre uma série que existe dentro do universo. Mas aos poucos, a série foi se perdendo. O último momento onde ainda se tem uma consideração dos fãs é com o nascimento de Poof, por um desenho. E, se temos uma fada nova, Foop também surge como a anti-fada do bebê. Mas depois disso, as tentativas de renovação só fizeram o programa ir perdendo sua essência.