“Sintonia” chega para sua 4ª e última temporada na Netflix e, para minha surpresa, teve um final muito melhor do que poderia ser.

A série seguiu por um caminho muito diferente de suas temporadas anteriores. Aqui, seguimos de onde a última parou, com o tiroteio no café de Nando, com Rita e Doni no local. É bom ver que, desde o início, vemos que o tema da temporada é a consequência das escolhas dos personagens. Sendo elas benéficas ou não, concluir mostrando esse lado, é o mais correto, visto uma imagem e mensagem social.

Nando, como sabemos, seguiu o caminho do crime. Com o tiroteio e sua fuga, sua esposa vai presa e leva a culpa pela maioria das coisas. Seus filhos passam a morar com a avó. E, ainda no poder, ele chega a tentar uma fuga da prisão por mais de uma vez. Seu final, apesar de brando por ter se entregado para a polícia, ao menos mostra um pouco da frase “o crime não compensa”. Afinal, ele fez com que todos em sua volta sofressem bastante com suas escolhas. Mas, no final, mesmo preso, ainda comanda. É mais real que ficção.

Doni passa a sofrer pelas dívidas e, apesar disso não ser culpa dele, sua relação com o crime passa a prejudicar sua carreira. Inclusive, é bom ver seu amadurecimento quando ele decide não falar de Nando ao ser assaltado. Fazendo o oposto de antes, em que buscava esse suporte sempre que precisava. Já Rita, ela é um exemplo da constância. Sua vida é difícil na maioria do tempo, feliz na medida certa e a cada acontecimento ela aprende. Seja sua decisão de ir para igreja ou seus esforços em se formar em Direito e ajudar sua comunidade.

“Sintonia” se salva com o final correto.