Crítica: O Protetor – Capítulo Final
“O Protetor – Capítulo Final”, da Sony, consegue se destacar ao não utilizar tanto de CGI e investir na proposta básica do filme.
Em um local isolado da Itália, vemos uma cena quase impossível. Em meio a uma série de homens mortos, temos um único que é quem executou todos. Agora detido, logo notamos que ele só está nessa posição, pois é de seu desejo. Quando termina seu trabalho, acaba baleado e quando estava perto da morte é socorrido e levado para uma pequena comunidade, recebe tratamento e se recupera. Agora, desejando se aposentar, esse homem acaba quebrando sua paz ao proteger seus vizinhos da máfia.
Ao longo do tempo, vimos diversas tramas semelhantes. Dito isso não é uma grande novidade ver alguém com um passado repleto de mortes tentar a vida num lugar pacato e isolado. Da mesma forma, é claro que para a trama girar, teríamos uma ameaça que faria da sua aposentadoria temporária. Isso, em estrutura, não é ruim. Mas aqui, quando tudo é mais prático, por mais que mirabolante, você quase sai do cinema acreditando que pode fazer tudo que o personagem principal fez.
Contudo, é um filme de ação. Sendo assim, com as belas paisagens e uma violência exagerada, atende ao que o público costuma pedir. Afinal, se é um filme de porrada, que tenha porrada bem feita e extremamente exposta. Que tenha um homem frio, que se apaixona por algo enquanto defende de forma brutal seu tesouro.
“O Protetor – Capítulo Final” entrega mais do mesmo, até mesmo para franquia. Mas, como há uma vitória de um time de futebol em determinado momento do filme, já dizia o ditado: “Não se mexe em time que está ganhando”.