Crítica: Uma História de Amor e Fúria
“Uma História de Amor e Fúria” é uma animação nacional que traz um guerreiro que reencarna e sempre reencontra seu amor.
Em quatro tempos diferentes, encontramos um guerreiro que enfrente aquele que traz o mal para a humanidade. Em sua primeira vida, ele era um nativo do Brasil antes mesmo de ter esse nome. Já aqui ele está vivendo com Janaina, seu amor eterno. Em meio a uma perseguição, ao saltar, ele adquire a capacidade de voar e assim descobrimos que ele é o escolhido de um deus. Mas, em meio a colonização, eles são mortos. Contudo, ao longo do tempo, Janaina retorna a vida e o guerreiro volta a se ver entre a amada e uma batalha.
Se não fosse a estratégia de mudar o tempo, o filme seria bem mediano para baixo. A cada nova vida, o tempo que temos em entender o contexto da época acaba nos tomando o interesse. Afinal, digamos que os personagens não são tão interessantes assim. Sendo uma animação nacional, ao menos um pouco mais fundo nós podemos entender. Como, por exemplo, o período da ditadura.
Em termos técnicos, a animação é muito boa. Outros exemplos mais comuns que temos de animações brasileiras, quase sempre, são voltadas para um público mais infantil. Isso hoje, e ainda mais na época que esse foi lançado. Sendo assim, para um público mais jovem e adulto, é bem válida. Contudo, sua proposta de futuro chama a atenção. Em um país que é rico pelos recursos naturais, a última batalha ser por água, é uma triste e potente possibilidade.
“Uma História de Amor e Fúria” acaba perdendo pontos quando a trama do casal protagonista fica em segundo plano pela forma que foi escrita.