Crítica: Cazuza – O Tempo Não Para
“Cazuza – O Tempo Não Para” é um filme nacional que traz a história de Cazuza, um dos mais famosos cantores da década de 80. Mas todo esse sucesso também era repleto de polêmicas e uma vida um tanto diferente das que a sociedade nos exige ter.
Além de suas músicas, tocadas até hoje na trilha de diversas outras produções. Mas também é marcante que sua vida tenha sido o marco da AIDS no Brasil, em um tempo no qual pouco se sabia e muito se acusava. Além disso, é claro que aqui também teríamos muitas de suas músicas compondo a trilha do filme. Sendo assim, Cazuza era tanto a estrela de sucesso, quanto a personificação do que a sociedade julgava “promiscuidade”.
Dessa forma, o filme vem exaltar o lado cantor e o protagonista é bom, mas se auto sabota. Afinal, se não fossem os pensamentos filosóficos com frases saídas de biscoitos da sorte, o filme seria mais leve e impactante. Entretanto, também entendo que devida a temática, tal fato seria difícil de ser alcançado.
Talentoso desde cedo, o filme mostra o início de sua carreira e da amizade com os integrantes do “Barão Vermelho”. Como todo astro de sucesso, essa liberdade e estrelismo faziam com que ele aproveitasse ao máximo cada momento. E se você é jovem e rico, basicamente se resume em inúmeras festas, consumo de drogas e sexo. Esse último tópico recheado de tabus, afinal Cazuza era Bi e se relacionava constantemente com homens e mulheres. Se hoje, a bissexualidade é questionada tanto por héteros quanto por gays, imagina na década de 80.
“Cazuza – O Tempo Não Para” é o que se propõe a ser, uma biografia. Mas é por isso que se destaca, afinal quase todos conhecem ao menos uma música dele até hoje.
Grande filme