Crítica: A Magia de Aruna
“A Magia de Aruna” é uma série de fantasia do Disney+, uma produção nacional que mostra como a qualidade brasileira não perde em nada para outros países.
Mima é uma adolescente que, por preocupação dos pais e medo, esconde uma mecha de seu cabelo. Essa mecha em questão é algo que evidencia sua ascendência com um povo que hoje é reprimido por seu contato com a magia. Acontece que, no passado, essa magia acabou por criar uma penumbra, fazendo o sol brilhar nos céus por menos tempo. Para contornar o problema, uma empresa detém todos os direitos sobre a exploração de uma planta que, quando trabalhada, gera produtos que ajudam a lidar com esse problema. Entretanto, Mima desperta seus poderes e junto deles três bruxas que, aos poucos, vão revelando a verdade sobre tudo.
O ritmo da série não é nem lento, nem corrido. O ideal para a proposta. A duração dos episódios é tranquila e facilita a maratona, já que todos estão disponíveis de uma vez. As explicações e construção de mundo são satisfatórias. Afinal, mesmo com interesse em continuar a produção, tudo de importante é mostrado e dito.
Apesar do destaque na maioria dos materiais, o trio das bruxas protagonistas não é tão interessante quanto dos jovens. Por serem as Guardiãs de seus elementos e, na teoria poderosas, esperava bem mais delas, tanto em magia quanto sabedoria. Os adolescentes carregam a série. Sei que pela plataforma e público, é o natural. Mas havia de ter um equilíbrio pelo menos.
“A Magia de Aruna” usa da fantasia para mostrar e discutir temas como o preconceito, a expectativa que os pais colocam nos filhos e os receios da adolescência. Mas, ainda pela ambientação no Rio, um destaque para a relação empresa vs Governo e a abordagem policial.