Crítica: Leo
“Leo” é uma animação da Netflix que usa de um personagem animal para fazer um questionamento bem adulto, mesmo voltado para o público infantil.
Leo é um lagarto que vive em um vidro, sendo o animal de estimação da turma. Lá, ele vai aprendendo ao longo dos anos sobre os perfis de crianças. Junto de seu melhor amigo, a tartaruga Squirtle, começam a julgar a nova turma. Contudo, a professora titular está grávida e por isso uma substituta é designada. Entretanto, seu método de ensino é bem diferente do ideal e Leo acaba ajudando. Ao descobrir que sua vida pode estar no fim, ele tenta escapar e a chance é indo para casa com as crianças. Assim, ao falar com cada uma, ele vai guiando com sua sabedoria, se torna mais popular e descobre um propósito maior.
Em termos de animação, é muito boa. Apesar de que, por ser quase um musical, as músicas são bem fracas e pouco impactantes. Talvez a última chega a ter um momento. Entretanto, as outras são até anticlimáticas.
Quanto a reflexão, (quem nunca, né?) em determinados momentos da vida nos pegamos pensando nas nossas escolhas. Mas aqui, ao se deparar com o final da vida, o pensamento ganha outra proporção. Será que aproveitei a vida? Será que experimentei de tudo? Ou até, será que vivi como eu queria ter vivido? São questionamentos que Leo se faz, mas que todos passam se chegam a idade mais avençada. Ao debater os problemas das crianças, ele também está entendendo seu papel. Além disso, passa a notar que pode fazer muito onde está e que onde deseja ir não é o paraíso que desenha.
“Leo” é válido, mas não chega a ser memorável, podendo cair logo no esquecimento.