Crítica: Wonka
“Wonka” é um filme perfeito para se exemplificar o gênero da fantasia para aqueles que precisam compreender a realização de um sonho.
“A Fantástica Fábrica de Chocolates” é um dos filmes mais relevantes do cinema. Toda a construção, a trama e os personagens entraram para as referências. Tanto que, ao longo do tempo, outros foram feitos com sua base e até remakes. Entretanto, Willy Wonka ainda é um personagem interessante e a aposta da Warner é explorar suas origens.
Wonka sonha em ser um mestre do chocolate e ter sua loja na principal rua da cidade. Humilde e inocente, ele é abordado por pessoas que exploram esse seu lado de forma negativa. Assim, o artista sonhador chega e é enganado, trapaceado e aos poucos vai encontrando outros que buscam seus próprios sonhos. É um filme que traz uma identificação rápida com o público. Afinal, quem não tem ou teve um sonho que na tentativa de realizá-lo, passou por pessoas exploradoras?
Outro destaque positivo são as músicas, definitivamente bem feitas e pensadas no filme. São funcionais e sim, saímos do cinema cantarolando. Mas nada disso, mesmo com a impecável técnica gráfica, seria suficiente se não tivesse a escolha de elenco ideal. Os coadjuvantes, por mais simples, cumprem seu papel. Mas Timothée Chalamet consegue dar a sua versão do personagem e de uma forma que vemos aquele que irá se tornar. O único problema de Wonka é que o chocolate parece muita coisa, menos chocolate. Mesmo abraçando a fantasia e a proposta, a imagem dos produtos é bonita, mas não apetitosa.
“Wonka” é o filme para se ver uma, duas, três ou até mais vezes no cinema. Uma experiência reflexiva, divertida e prazerosa para todos.