“Heartbreak High” entrega sua segunda temporada, na Netflix, mostrando que pode amadurecer ainda mais e ocupar o vácuo deixado por “Sex Education“.

Mais um semestre começa e os alunos, principalmente Amerie, tentar mudar um pouco da imagem pós “mapa do sexo”. Acontece que, para todos, essa tentativa não passa do primeiro dia de aula. De volta a escola, é também um retorno para os dramas e problemas, onde uns lidam melhor que outros, mas ainda sim é de todos. A aula das “PTAS” passa por uma ruptura quando Voss, um novo professor de educação física, passa a liderar um grupo denominado “MACHOS”, e é claro que isso não daria certo. Agora, a intriga entre professores e professore, alunos e professores, aluno e alunos e quaisquer outros é escalonado.

A segunda temporada da série é uma evolução natural e agradável da narrativa. Apesar do chamariz, natural, ao se tocar com frequência no tema do sexo, a série usa para trazer debates inteligentes e válidos. Tanto que, em determinado momento, você nem se lembra de como a série começou. O “mapa do sexo” quase já não é mencionado.

Assexualidade, Bissexualidade, traumas, aborto e até política quando a maior cola da temporada é uma eleição estudantil. Tudo é posto de forma tão natural que faz sentido e quando é revelado, nada deixa aquele gosto do “forçaram demais”. Até mesmo o discurso daquele que é o maior antagonista da temporada. Quando Voss passa de um professor que está tentando preservar a cultura “MACHO”, para um líder de seita que é bem óbvia a inspiração, nada mais é que mais um exemplo de evolução natural do discurso.

“Heartbreak High“, se conseguir se manter como está, será muito maior que “Sex Education“. Afinal, a primeira soube começar, mas não se manteve.