Crítica: A Primeira Vez – 3ª Temporada
“A Primeira Vez” entrega sua 3ª temporada na Netflix surpreendendo ao acertar o tom e acompanhar o crescimento dos personagens.
A formatura, os exames para faculdade e o serviço militar. Por mais distante no tempo a série está, são situações que ainda hoje os jovens vivem. A produção que começa com Eva chegando numa escola e sendo a única garota, entrega um encerramento de cilho condizente também com o crescimento dos personagens. E, não vou mentir, boa parte das produções que tentam fazer essa transição da vida escolar para a universitária, peca muito. Mas, felizmente, podemos dizer que “A Primeira Vez” não sofre desse mesmo problema.
Como é dito, eles passaram da fase de jovens adolescentes para a vida adulta. Sair de casa, morar e morarem juntos, cada um com sua dinâmica e vida, esse foi o acerto principal. Isso e, ironicamente, liberar Eva e Camilo de seus papeis centrais. A garota que antes era a razão da trama girar e impulsionar os outros, aqui divide a tela ao ponto até de deixar o grupo em determinado momento.
Em uma temporada a série soube mostrar muito. O início da vida universitária, o serviço militar, escolhas e acontecimentos que influenciam em um sonho e como fazer se a mudança é inevitável. E Camilo é o maior destaque, afinal foi do rapaz que se movia em relação ao amor adolescente para entender que, dentre todas prioridades, devemos ser nós a nossa maior.
“A Primeira Vez” ainda traz muitas primeiras vezes e, certamente, julgando por essa temporada, consegue mostrar muito mais. Mas ainda sim, a vida é cheia de ciclos, inícios e fins, primeiras e últimas vezes.