Crítica: Alex Strangelove
“Alex Strangelove” é uma comédia romântica adolescente da Netflix, mas mesmo sendo bem padrão, consegue ser uma distração para os fãs do gênero.
Ales Truelove é o personagem principal da história. O rapaz está na adolescência e vive o sonho de qualquer um. Afinal, tira sempre boas notas, é presidente do grêmio da escola e namora a menina que era/é sua melhor amiga. Entretanto, todo esse clima sempre se vai quando Claire toca no assunto da virgindade de Alex. Por algum motivo, o garoto não consegue se sentir à vontade com essa situação. Mas, é depois de decidir dar esse passo que conhece Elliot e passa a ter uma conexão que antes não percebeu que tinha. Com isso, temos uma comédia de descoberta e discussão da sexualidade do personagem.
Todo esse resumo mostra como alguns filmes moldam uma geração. Esse é a versão da Netflix de “Love, Simon” ou “Me Chame Pelo Seu Nome“, que estrearam mais ou menos na mesma época. Mas diferente desses exemplos, o filme peca ao trazer naturalidade e abordar a bissexualidade ao dar como pano de fundo algo que costuma ser o clichê utilizado nessas situações.
O filme mostra que a sexualidade de Alex já estava definida desde sua infância, mas que vinha sendo reprimida e isso gerou esse desconforto com sua virgindade. Apesar de entender que é sim válida a proposta, ela esbarra também num conceito que é bastante difundido. Afinal, sempre se fala como pessoas bi são gays enrustidos ou no armário, e isso não é verdade. Assim, o maior momento do filme, que faria ele se destacar dos demais, acaba sendo desperdiçado.
“Alex Strangelove” é leve e conversa com seu público, mas a previsibilidade e oportunidade desperdiçada fazem repensar. Afinal, tem vez que devemos arriscar um salto de coragem!
Alex Strangelove é singelo, divertido e emocionante