Crítica: Alguém Tem que Morrer
“Alguém Tem que Morrer” é uma minissérie da Netflix, de apenas três episódios, que retrata uma realidade triste do nosso passado.
Gabino volta para a Espanha após passar um bom tempo no México. Seu pai é líder político e trabalha em uma penitenciária que, dentre outras coisas, oferece trabalho escravo e tortura LGBT. Alonso conhece Gabino desde criança e está dentro do armário, além de ser o herdeiro de uma fábrica de calçados envolvida na corrupção com o pai de Gabino. Contudo, ao retornar, Gabino está com Lázaro, um bailarino que logo quando chega desperta o interesse das pessoas e faz surgir dúvidas sobre a relação dos dois, colocando-os em risco, enquanto o passado começa a vir a tona.
Em apenas três episódios a produção consegue construir uma narrativa intrigante e sedutora. As histórias da família de Gabino e o motivo por trás de sua ida para o México. A questão entre ele e seu amigo, que só é revelada mais tarde. O contexto político que não envolve apenas os principais, como também os coadjuvantes. O preconceito, não apenas pela nacionalidade de Lázaro, mas também pela sua escolha profissional. Os conflitos internos e externos de Alonso.
Sem tempo para perder, a série sabe onde quer chegar e como chegar sem perder o mistério. mesmo que o espectador possa ir pegando as coisas aos poucos, nada deixa de ser uma revelação no final. Final esse que, inclusive, é bem dinâmico. Se o ritmo era intenso antes, os últimos minutos do último episódio são repletos de ações. Não plot twists, mas atitudes em resposta aos fatos.
“Alguém Tem que Morrer” é perfeita para aqueles que querem consumir um bom conteúdo, profundo, intrigante, cheio de suspense e que te faz torcer para o final feliz.