Crítica: Azul Cobalto
“Azul Cobalto” é um drama da Netflix que conta a história de um triângulo amoroso que envolve dois irmãos. O filme é baseado em um livro de mesmo nome, com a Índia da década de 90 como ambiente.
Aseem é um jovem universitário que é apaixonado por escrita e pretende seguir carreira como poeta. Seu irmão mais velho é aquele exemplo de homem, bonito e já tem um casamento agendado. Já sua irmã, Anuja é uma jovem que está à frente de seu tempo. É jogadora, pretende seguir carreira no esporte, não pensa em casamento ou filhos e pouco lhe importa as regras de vestimenta e costumes para as mulheres.
Após a morte dos avós, um quarto em sua casa passa a ser alugado e o inquilino é um homem misterioso. Assem logo se interessa por ele já que as artes unem os dois e com o convívio começam a se relacionar e ter algo fixo. Contudo, tudo isso muda quando ele desaparece junto de sua irmã, e Aseem descobre que também estavam tendo um caso.
É curioso ver que, se não fosse expressado, o filme poderia ser muito bem ambientado nos dias de hoje. Afinal, na Índia ainda é comum o casamento arranjado, o julgamento da comunidade LGBTQIAP+ e estrutura familiar. O foco do filme não é o relacionamento amoroso, seja qual for o irmão, mas sim na ruína da família. Aseem mente e foge, para ter a chance de viver sua verdade. Anuja parte escondida após encontrar um emprego, já que estava fadada a um casamento ou vida religiosa pela tradição. A família grande que vive ali no início, se esvai aos poucos.
“Azul Cobalto” mostra um formato de filme indiano diferente do que normalmente chega até nós.