Crítica: Barbie
“Barbie” é definitivamente o filme do ano, um acerto da Warner e definitivamente uma crise existencial te espera.
Uma boneca que é hoje um marco cultural e um exemplo de como essa estrutura está sendo questionada. É inegável que as Barbies foram evoluindo com o tempo, mas por ser um produto, entra um questionamento: elas evoluíram ou nós estamos fazendo com que elas fiquem assim e, por consequência, serem vendidas? O filme traz, dentre muitos questionamentos, esse. A Barbie Estereotipada começa a se questionar sobre a vida perfeita que leva, e a vida que acredita ter construído para as meninas do mundo real. Porém, quando isso acontece, ela tem que ir até nossa realidade para se reconectar e passa a entender que nem tudo é, e até não deveria ser, cor de rosa.
É incrível como o filme traz aspectos tão reflexivos sobre nossa sociedade com um humor dosado. Claro, há momentos bem bobinhos, mas é Barbie. Propõe a discursão, te faz rir quando não deveria e está certo nisso. Afinal, é ainda um filme que tem múltiplos públicos. Digo até, dependendo da situação atual da sua vida, pode ser um terror!
Outro aspecto mais interessante é como temos personagens que caracterizam um “vilão”, mas o antagonista é uma ideia. E tudo faz muito sentido com a proposta do filme, e seu final. O mundo não é cor de rosa, a Barbie certamente não empoderou as meninas ao ponto delas tomarem todos os espaços de forma igualitária. Ao mesmo tempo, ela representa fisicamente como que, aos pouquinhos, as coisas podem melhorar. Porém, nem tanto sobre a nossa sociedade, mas que a mudança parte primeiro de nós mesmos.
“Barbie” é um filme profundo, tanto que muitos podem sair sem pegar algumas de suas lições. Mas também é divertido, e muito.
Adorei o comentário. Ainda vou assistir o filme. =D