Crítica: Belas Maldições – 2ª Temporada
“Belas Maldições” chega na Amazon com uma segunda temporada surpreendente, principalmente por saber continuar a trama.
Após impedirem o apocalipse com a relação inesperada entre um anjo e um demônio, a história estava concluída de uma forma tranquila e satisfatória. Contudo, Aziraphale e Crowley são mais do que a trama do fim do mundo. Sendo assim, a segunda temporada tem uma história pouco grandiosa, mas focada inteiramente nos dois personagens. O Arcanjo Gabriel surge na livraria nu e sem memórias. Enquanto a investigação acontece, vamos passando por locais que foram importantes na relação entre os dois protagonistas enquanto, para ter uma dinâmica, o desaparecimento de Gabriel gera um estrondo no céu e uma oportunidade para o inferno.
Séries com tramas apocalípticas que envolvem anjos e demônios são tradicionais. Sendo assim, na última temporada, percebemos como a relação entre Crowley e Aziraphale se destacou e a química e tempo de comédia entre os personagens foi o ápice de tudo. Sendo assim, sabidamente, pouco temos de referência da trama anterior e temos um núcleo mais contido para dar todo o espaço que a relação deles precisa.
Uma série crescer ao entender que seus personagens são maiores é incrível. E tão incrível quanto é saber abordar essa fórmula. Ao longo de toda ela, notamos que o tema são as relações. Entre os protagonistas, entre Gabriel e Belzebu, entre as vizinhas da livraria e as relações entre os anjos e entre os demônios.
“Belas Maldições” está em uma crescente. Quando muitas séries investem em manter sua qualidade no segundo ano, essa soube como apresentar novos personagens, valorizar ainda mais os antigos e até abandonar o grande plot do primeiro ano. Agora, para o futuro, o conflito parece ser mais interessante, pois vai de frente com a personalidade Azaraphale e Crowley.