Crítica: Belle
“Belle” é outra releitura do conto de “A Bela e a Fera“. Dessa vez, novamente em animação, ele traz uma atualização com um estilo de anime.
Suzu é uma jovem de 17 anos que vive em uma aldeia com seu pai. Ela vive uma vida comum, indo a escola e com seus dramas. Porém, nesse univers, existe a “U”, um mundo virtual com bilhões de usuários. Nesse mundo, Suzu é Belle, uma cantora mundialmente famosa. Dito isso, o restante é o romance e a dinâmica entre uma bela mulher e uma “fera”, que dessa vez é mais um avatar.
Essa atualização traz uma abordagem mais interessante, principalmente quando vemos quanto Suzu é mais segura de si mesma na Internet. Esse paralelo é uma crítica ao nosso modelo de vida atual, no qual jovens viralizam e passam a ser grandes celebridades. Mas também, não tão relacionada com a proposta, podemos interpretar também o sucesso através de um anonimato, afinal ninguém sabe quem é Belle. Assim vemos Belle sendo adorada, enquanto Suzu é deixada de lado.
O estilo de animação muda, com um desenho mais fluido enquanto na realidade e uma estética de CGI quando esta em “U”. O filme, por mais que seja esteticamente bem feito, cansa por conta de sua duração. Além de que, aqueles que não são apegados com proposta orientais, certamente não se sentirão atraídos por ele.
“Belle” tem distribuição internacional pela Paris Filmes, mas isso certamente só se deu pela sua indicação ao Oscar. Inclusive, a cabine foi exibida com o filme em japonês, e apesar de saber o idioma, não colaborou para prender minha atenção.