Crítica: Boate Kiss – A Tragédia de Santa Maria
“Boate Kiss – A Tragédia de Santa Maria” é um documentário da GloboPlay que mostra um geral sobre um dos acontecimentos mais marcantes de 2013.
Em 27 de Janeiro de 2013 todos os veículos de mídia, com maior ou menor frequência, deram a notícia de um incêndio em uma balada na cidade de Santa Maria, RS. Segundo relatos, em determinado momento o vocalista da banda Gurizada Fandangueira faz uma performance com fogos de artifício, dentro da boate. Assim, uma fagulha entra em contato com a espuma inflamável, o fogo começa e em pouco tempo, a festa se torna um horror.
É uma série documental, ou seja, os entrevistados são pessoas que estavam envolvidas. São delegados, sobreviventes, familiares das vítimas e até alguns dos acusados. Como é de se esperar, o início é o relato do incêndio e a narrativa segue, em parte, os acontecimentos. Mas o destaque dessa produção está na cobertura dos julgamentos.
O grande questionamento que fica é, que por ser tratar de uma história bem real, sabemos que até hoje nada foi “resolvido”. Seja qual for a forma pela qual o caso foi acompanhado, é irônico pela clareza nos culpados que eles mal são responsabilizados. Ainda nos julgamentos, no principal, temos a atuação de um advogado de defesa que se destaca. Sinceramente, é uma vergonha você ter um profissional se comportando daquela forma e ainda considerar que ele tem ao menos respeito por toda a situação. Imagino que ele queria seguir carreira circense e a família o obrigou a fazer direito, só pode. Outro momento é o uso, ainda pela defesa, de uma carta psicografada de uma das vítimas que pedia para esquecer e seguir em frente. Lamentável.
“Boate Kiss – A Tragédia de Santa Maria” vem para tentar ajudar mais do que o judiciário vem fazendo.