Crítica: Cobra Kai – 5ª Temporada
“Cobra Kai” é um sucesso na Netflix, mas essa quinta temporada só mostrou que a história não evolui e que talvez deva parar.
Após o término da temporada anterior, temos a resolução no primeiro episódio do que viria a ser o mais interessante: Miguel conhecendo seu pai. Após isso é mais do mesmo, literalmente. Temos um vilão que quer dominar o mundo do Karatê, através da vitória em um torneio. E que para isso, fará de tudo, até mesmo trapaças. Trapaças que, até leigos suspeitariam, mas aqui temos apenas que abraçar a proposta.
Além disso, os dramas giram em torno de que? Karatê, é claro. Os romances são baseados neles, amizades são baseados nele, dinâmicas familiares são baseadas nele e pasmem, para resolver um problema que nasceu da luta, os personagens lutam. Sim, existem universos que a trama gira em torno de algo, como Yu-Gi-Oh, por exemplo. Lá tudo é resolvido pelos duelos, mas ao menos se deram o trabalho de fazer do jogo parte da vida.
Parece que temporada após temporada, temos apenas uma reciclagem das tramas. E por isso a rixa entre os dojôs já está chata, a briga e o triângulo amoroso já está chato, os dramas só fazem parecer que para uma série cheia de lições, os personagens não aprendem nada. Normalmente as séries costumam melhorar quando tem mais investimento, só que aqui isso não ocorre.
“Cobra Kai” entrega o mesmo novelão com porrada, mas nada além disso e a saturação que já demostrava se torna ainda mais evidente.