Crítica: Com Amor, Simon
“Com Amor, Simon” é um filme da Fox, basado em um livro de mesmo nome. Mas o que no filme me fez comprar o livro?
Simon é um jovem de 17 anos gay, mas não assumido para amigos e família, mesmo estando seguro consigo mesmo. E aqui temos o primeiro ponto, é perfeitamente possível você ser seguro de si e ao mesmo tempo inseguro para com os outros. Apesar dos filmes desse gênero trazerem o debate da auto aceitação, eles sempre mostram o quanto o personagem nega, de início, e também seus conflitos internos. Mesmo conhecendo Simon em um momento posterior a sua descoberta, somos levados a acreditar que foi tranquila para consigo mesmo.
Ele conhece Blue por e-mail, após se assumir anonimamente em uma rede social com alunos da escola. E Blue sim é o jovem que está se descobrindo sexualmente. Eles passam a trocar mensagens, até que o e-mail de Simon fica aberto e as conversas são usadas como chantagem por um de seus amigos.
No filme e ainda mais no livro, a emoção está no “CSImon” tentando descobrir quem Blue é realmente, enquanto lida com a chantagem. E aqui é o ponto, na minha opinião, que mais é atrativo no filme: a projeção do seu desejo no outro. Em imagem, fica claro que “Blue” muda de corpo à medida em que novas informações vão aparecendo para Simon. Se no e-mail ele diz gostar de Pokémon, Simon logo começa a supor que alguém com esse gosto é Blue.
“Com Amor, Simon” traz a dinâmica do primeiro amor e como agimos frente a descoberta dele. No livro, temos acontecimentos posteriores a descoberta de quem é Blue. Ainda pretendo gravar um vídeo sobre o filme e tentarei cumprir essa promessa até o fim do mês no canal do Youtube.
Vale a pena conferir
É legal, ele se deixar chantagear desta forma, é surreal.
Muita muita muita conversa…