“Control Z” é a uma série teen mexicana que estreou recentemente na Netflix. Mas, apesar das comparações com Elite, ela precisa melhorar muito para chegar nesse nível.

Como toda boa série adolescente, ela se passa em uma escola. Mas, aqui acompanhamos Sofia. Ela é uma jovem reclusa que não faz questão em ter muitos amigos, preferindo ficar o tempo todo escutando música. Isso muda quando Javier chega na escola, transferido. Quase que ao mesmo tempo, um hacker ameaça e divulga os segredos dos alunos. Entretanto, aqui está a primeira crítica pois, apesar de ameaçar revelar os segredos de todos ele claramente foca em um grupinho. O que, por tabela, deixa ridícula a desconfiança de Sofia em Javier. Afinal, apesar da sua história, ele chega quando tudo já esta começando e nem deu tempo dele pegar um “ranço” desse alunos.

Infelizmente, essa burrice é compartilhada. E isso fica incrivelmente grave após uma briga onde um aluno chega a ficar em coma! Afinal, o diretor e a mãe do aluno não resolvem chamar a polícia. Afinal, Sofia sendo uma “xeroque homes”, eventualmente resolveria todos os problemas.

O hacker em si, ou o plano dele, fica para plano de fundo enquanto outras histórias vão desenrolando. E aqui voltamos a problemática da série. Ela aborda temas importantíssimos como, por exemplo, o bullying e o preconceito mas, novamente, de maneira idiota. Como o cara chegou a ser diretor da escola sendo que ele visivelmente não consegue lidar bem com nenhum dos problemas? Assim como em Elite, as grandes revelações ocorrem em uma festa e claro, cheio de pontas soltas para uma segunda temporada.

“Control Z” é interessante e pode ser que tenha uma notoriedade. Mas você vai ter que se permitir e entender que a série não é tão inteligente quanto gostaria de ser.