Crítica: Coringa – Delírio a Dois
“Coringa – Delírio a Dois” é de fato, uma loucura da Warner. Mas será que é proposital ou só mais uma entrega empurrada para começar a nova DC?

Preso, Arthur espera seu julgamento. Como todo bom maníaco, até mesmo na vida real, ele tem fãs que fazem dele o assunto do momento. Um dia, na prisão, ele conhece uma mulher durante as aulas de canto. Assim, ele e Lee se unem em um musical delirante enquanto o julgamento ganha a repercussão midiática que só “O Coringa” poderia proporcionar.
Antes de qualquer coisa, é bom ressaltar. Eu adoro musicais! Mas, senhor, ou eu vi o filme errado ou esse filme não se salva em nenhum dos gêneros. O primeiro filme se destacou, e muito, pela qualidade da história e a forma com que ela é contada de uma forma que, assim como alguns moradores de Gotham, “entendemos” Arthur. Porém, se a loucura é o propósito, o filme é uma bagunça delirante. Afinal, só desapegado das nossas faculdades mentais que pagaríamos um IMAX para assistir ele.
Por ser uma continuação, exaltar alguns aspectos como o visual é redundante. Sim, estão ali, mas é isso, apenas estão. A duração do filme também não colabora, são mais de 2h de um construção onde tudo é questionado. Se tinha um filme onde a ideia do musical de “cantar do nada” poderia se encaixar melhor que esse, desconheço, mas são tão “do nada” que o desencaixe incomoda.
“Coringa – Delírio a Dois” é um delírio coletivo. Para o nosso bem, e dessa quase franquia, vamos só esquecer que ele existe e destacar o valor do primeiro filme. Meio inútil, meio musical, meio filme e meio Coringa, ou melhor, Coringa em dobro.