Crítica: 3 Meses
“3 Meses” é um filme do Paramont+ que acompanha a mudança de um garoto enquanto espera para saber o resultado de sua sorologia.
Caleb é um jovem que pretende cursar faculdade, vive com sua avó e tem uma melhor amiga que trabalha com ele em um mercado. Muitas das suas expectativas e sonhos começam a ser questionadas quando, após uma transa casual, o parceiro manda mensagem contanto que testou positivo para HIV. Por ter passado o tempo para tomar o famoso coquetel, ele tem agora uma janela de três meses para saber se contraiu ou não o vírus. Porém, nesses três meses, muito mais acontece.
O HIV/AIDS é um grande tabu social, principalmente na comunidade LGBTQIAP+. Contudo, e compreendendo as razões para tal, nos dias atuais não é tão perigoso. Apesar de isso ser dito no filme, muitos dos questionamentos de Caleb, ainda hoje, são pertinentes. Adesão ao tratamento, expectativa de futuro e se mesmo com a sorologia positiva, terá chances no amor.
Enquanto passa por isso, Caleb entra para um grupo de apoio e conhece Estha. Outro jovem, passando pela mesma situação, mas com uma família bem menos aberta para sua sexualidade. Dara é sua melhor amiga, trabalham juntos, mas quando o romance por Estha engata, se sente ignorada. Apesar de estar certa, ela também vive um relacionamento com sua chefe, que é casada com um homem. Isso faz com que muito seja mostrado em um filme curto, mas complexo. Até mesmo a evolução da relação entre Estha e Caleb, pois assim vemos Caleb se abrindo mais, enquanto do outro lado, e principalmente pelo final, ficamos tristes por Estha.
“3 Meses” usa muito bem esse tempo dos exames para abordar o HIV, mas também para mostrar que a vida é bem mais do que isso.