Crítica: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes
“A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes” é um dos maiores títulos desse ano e o retorno da Paris Filmes para a Saga dos Jogos Vorazes.
A Saga de Jogos Vorazes surge numa época em que cada estúdio almejava uma série pós-apocalíptica adolescente para chamar de sua. Em meio a sucessos e fracassos, Jogos se destaca e se torna uma das maiores referências do cinema. Se Katniss fez a procura pela arquearia subir imensamente, Snow nos mostrou uma forma incrível de ser um vilão. E é assim que o personagem retorna, mas agora em sua juventude, antes de ser aquele vilão que adoramos odiar.
Pobre, Snow ainda estuda no lugar mais respeitado da Capital. Ao final, o melhor aluno recebe um prêmio em dinheiro, mas isso muda nesse ano. Com a baixa audiência, cada um dos candidatos se tornam os mentores de tributos dos Jogos, que estão longe do glamour que conhecemos. É aqui que conhecemos Lucy Gray, do Distrito 12, que se destaca pelo seu canto e personalidade. Snow então deve tornar ela a preferida, talvez vencedora, mas nesse caminho também lidar com seus sentimentos conflituosos. Afinal, ele vai ficar com o dinheiro ou com a garota?
Bom, é claro que a resposta nós já temos, mas aqui é uma jornada de construção. Sendo assim, o maior medo de boa parte era a humanização do vilão, o que acontece sim, no início. Mas, aos poucos, vamos vendo que Snow faz o que faz por suas ambições e as coisas são convenientemente boas ou ruins, mas nunca ele deixa seu objetivo de lado. Seu projeto de poder, eventualmente, vai passar por cima de tudo que ele passa a considerar.
“A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes” é sim um bom filme, mas sua duração é um desafio.