Crítica: A Queda da Casa de Usher
“A Queda da Casa de Usher” é a mais nova minissérie de terror da Netflix que ganha o destaque merecido pela qualidade da produção.
A família Usher é bilionária e cresce no ramo de medicamentos, principalmente. Roderick é o pai dos seis que, pela lógica, serão os herdeiros desse império. Mas, em paralelo, cada um também comanda seu próprio empreendimento, um rito familiar. Acontece que, no passado, Roderick fez um acordo com alguém que julgava não estar falando tão sério. Agora, como prometido, a próxima geração está pagando, como acordado. Um a um seus herdeiros vão morrendo, até que sobre ele e sua irmã.
Essa é a última das casas que Mike deve adaptar para a Netflix. Apesar de que, dessa vez, a casa é menos literal. Já começamos a série sabendo de seu final, ou melhor, do final que leva a família. Enquanto os episódios se passam, vamos vendo Roderick narrando os acontecimentos que resultaram na morte de seus filhos. Resultado esse que, em sua maioria, está relacionado a sua criação e ambição.
Saber o final, diferente das demais, nos faz estar mais atento aos detalhes e tentar entender a trama. Mesmo com surpresas do como, aqui temos mais espaço para pensar sobre a vida de cada um dos filhos e todas as consequências. Por mais que seja, na maioria pessimista, é com o final da neta de Usher que vemos que todos também tinham um potencial para o bem.
“A Queda da Casa de Usher” entrega uma representação de entidade das minhas favoritas, aquela que observa e é quase como a morte, ou derivada. Entretanto, também se destaca ao mostrar que, como na vida real, são nossas escolhas que podem causar os maiores males.