Crítica: Adão Negro
“Adão Negro” mostra que The Rock sabe carregar um filme e que a Warner pode ter aprendido como fazer um ótimo trailer.
Antes de Shazam, um outro escolhido se torna o herói de uma terra que sofria constantemente com a tirania de seu rei. Contudo, após a batalha final, esse mesmo herói desaparece, restando sua lenda e memória. Nos dias atuais, essa mesma terra continua sofrendo e um item místico, uma coroa forjada por demônios, está escondida nela. Quando uma revolucionária a encontra, sua missão sofre uma emboscada, mas ela lê um texto antigo que traz o herói de volta. Contudo, suas atitudes são no mínimo duvidosas, mas vale o debate. Afinal, os fins justificam os meios?
Para quem conhece as histórias, Adão Negro é um dos vilões de Shazam. Com exatamente os mesmos poderes, ele antes foi um dos escolhidos dos magos, mas foi consumido pelo poder. Aqui, claramente há a tentativa de fazer dele um anti-herói, ou seja, alguém que faz o bem, mas por meios duvidosos. Até por isso, para antagonizá-lo não temos apenas os vilões, mas uma equipe de heróis que tentam impedi-lo e prendê-lo. Essa equipe conta com Esmaga Átomo, alívio cômico, Ciclone, a hi tech, Gavião Negro, líder e principal defensor da ideologia e Dr. Destino, maior destaque entre os personagens.
Em um momento de reestruturação no estúdio, tato em filmes quanto em séries, digo que o filme é o melhor produzido em muito tempo. O humor é dosado de forma coerente e nada forçado, a história tem início e final, mesmo não sendo das mais complexas, mas entrega o esperado. E, por fim, os figurinos e efeitos estão ótimos, destaque para Destino e Ciclone.
“Adão Negro” é uma grata surpresa em um ano onde o cinema parece estar sofrendo de boas produções.