Crítica: Arcane
“Arcane” é uma animação original Netflix baseada no jogo “League Of Legends“, que demorou 6 anos para sair do papel e entregar essa primeira temporada.
A primeira dúvida da maioria é se precisam entender o jogo para assistir a série. A resposta é simples e direta: NÃO! Eu mesmo pouco sabia sobre o jogo, e na verdade, só conheci a Jinx por conta da sua música. Dito isso, é bom ver que o material não é dependente e sim um complemento. Podendo, dessa forma, já ter uma base de fãs e atrair novos para o universo de “Lol“.
Outra novidade foram os lançamentos dos episódios, divididos entre seus arcos. Na primeira parte, a introdução dos personagens. Na segunda, o tempo presente e a queda das crenças de alguns. Por fim, a escolha entre a resolução da trama e gancho para um nova temporada. Mas seu mérito também está em ser uma animação com muito tempo de tela. Cada episódio tem cerca de 40 minutos, em média, assim todos os personagens são bem explorados. Sejam eles os “minions” ou os principais, temos um crescimento proporcional de cada um!
A trama mais clara é a briga das classes. Na Subferia está a parcela, maioria, pobre. Vivendo em condições precárias, cercados pela violência e vistos como, ou melhor, não visto pelos demais. Do outro lado da ponte estão as guardas e o governo da cidade, vivendo no luxo e desfrutando do progresso. Mas se um grupo encara a violência, o outro é rodeado por interesses e tramas políticas.
“Arcane” revela um potencial enorme para esse universo. Seja nas críticas sociais, quanto na abordagem dos temas em cada um dos personagens. Amor, doença, crença, guerra, lealdade e/ou traição. É de tudo um pouco, mas muito bem articulado! A trilha sonora também é excelente.
bom