Crítica: Casal Improvável
Comédia romântica regada a humor negro chegou a tempo para o dia dos namorados. Dentre momentos de piadas de tiozão e de sacadas inteligentes com um bom timing, “Casal Improvável” funciona, mas é marcado pela inconsistência na comédia e enredo.
Fred Flarsky é um jornalista que, devido à sua escrita excessivamente arrebatada, está novamente desempregado. Um dia, por acaso, é contratado por Charlotte Field, que em tempos foi sua babysitter. Hoje, contudo, ela se transformou numa das mais influentes mulheres do mundo. Secretária de Estado, ela concorre agora à presidência dos EUA. Logo o que parecia ser uma parceria estritamente profissional, rapidamente dá lugar a algo mais.
Esse relacionamento acaba reconectando a moça, antes ocupada demais para viver, com as coisas mundanas. É, então, uma trama bem previsível, com pontos altos quando encaixa piadas boas relacionadas ao contexto geopolítico atual. Aborda, inclusive, questões sociais como racismo, machismo e extremismo. Contudo, há o predomínio do humor pastelão à la Family Guy. O que é compreensível, afinal King of the Hill e “A Entrevista”, que seguem o mesmo estilo, estão também na conta de Dan Sterling.
As atuações me pareceram desconexas às vezes, com interações artificiais entre os personagens. Nada que comprometesse muito a experiência, no entanto. Em geral, Seth Rogen e Charlize Theron fazem um excelente trabalho e conseguem arrancar muitas risadas. As cenas mais dramáticas soam alongadas e não cativam, porém podemos atribuir esse mérito ao roteiro.
No fim das contas, “Casal Improvável“, distribuído pela Imagem Filmes, é mesmo um ótimo filme para assistir no fim de semana acompanhado da pessoa de quem você gosta. Pode não te ensinar nada ou não fazer críticas profundas que te levem a refletir, mas definitivamente irá te entreter. Ainda mais seguido de uma sobremesa romântica no shopping depois da sessão.
Lindinho.
Funciona o suficiente para passar o tempo, entregando alguns momentos engraçados.