Crítica: El Cazador
“El Cazador” não é um filme novo, gravado na Argentina, mas entrou recentemente no catálogo da Netflix. O filme conta a história de um jovem que se apaixona por um rapaz que conhece na vizinhança. Entretanto, ele sofre um golpe e, na procura pelo crush, acaba se envolvendo na situação e selecionando uma das próximas vítimas.
Ezequiel é o personagem principal do filme e por quem conhecemos esse universo. Por ainda ser um estudante, mesmo ja passado da fase de descoberta clássica, ainda vemos as inseguranças que traz consigo. Na primeira parte do filme, o foco está nessa capacidade do garoto de flertar e se arriscar. De formas indiretas ele tenta entender quais seriam as disposições dos garotos que está interessado, seja com conversas ou olhares. Mas, após negativas, ele troca olhares com um rapaz em uma pista de skate e, dessa vez, começa um relacionamento.
O romance dos dois evolui de forma natural, com cenas de afeto e sexo. Temos as indiretas iniciais, a troca de experiências, passeios juntos e expectativas de futuro. Entretanto, quando o filme começa entrar em seu segundo ato, esse romance começa a soar estranho e é aqui que Mono, aparentemente, leva Ezequiel para a casa de um tio.
Um golpe é dado, onde Mono faz um vídeo íntimo dos dois e desaparece. Porém, mais tarde o suposto tio de Mono surge, conta como é feito o golpe e Ezequiel passa a participar na esperança de encontrar Mono. Assim, o filme passa de um romance para um lado escuro que não se esperava.
“El Cazador” apresenta a dinâmica discreta dos encontros gays, já que nada pode ser dito abertamente, e também a vulnerabilidade que se pode ter por conta desse segredo “necessário”.
Bem mediano