Crítica: Obsessão
Não se deixe levar pelas avaliações medíocres no Rotten, “Obsessão“, da Imagem Filmes é um excelente suspense. Apenas, contudo, não se distingue o suficiente de outras obras no mesmo estilo. Mesmo que o roteiro seja inverossímil, Isabelle Huppert e Chloë Grace Moretz demonstram puro talento para oferecer uma experiência imersiva.
O filme trata de uma jovem garçonete, Frances, que encontra uma bolsa perdida no metrô de Manhattan. Ao devolver essa bolsa para uma senhora europeia solitária, Frances faz uma nova amizade. Não só isso, mas a garota também preenche o vazio emocional deixado pelo falecimento de sua mãe há um ano. No entanto, os dias se passam e cada vez mais a intimidade de Frances é violada pela dona da bolsa, escalando rapidamente para um grau de obsessão incompreensível e assustador.
Prefiro me ater a essa sinopse bem superficial para não dar spoilers aqui. O que dá para dizer sem comprometer a experiência, contudo, é que o filme tem um ritmo acelerado, porém equilibrado. O filme desenvolve o primeiro ponto de virada rapidamente e nenhuma sequência se entende demais ou de menos ao longo dele, mesmo as de ação.
O veredito:
Este filme está sendo comparado a outros thrillers das décadas de 80/90, como “Atração Fatal” e “Misery“. Uma comparação justa, que porém omite a escassez desse gênero em longas mais atuais. Filmes como “Corra” e “Buscando” são pérolas em meio às obras de horror e suspense da atualidade, porque em detrimento de depender exclusivamente de jump scares e afins constroem bons personagens e desenvolvem bem o suspense. E isso é exatamente o que “Obsessão” faz. Pode ser um filme clichê para um ou outro gato pingado, mas para uma pá de gente será uma experiência nova. De quebra, o elenco ainda faz um ótimo trabalho que mantém os espectadores roendo as unhas do início ao fim. Logo, coloco esse filme na caixinha das pérolas.
Suspense sem suspense
Belas atuações das atrizes, porém filme pra lá de clichê com muitos furos e falhas no roteiro.