Crítica: TÁR
“TÁR“, da Universal, é um dos filmes que estão na lista de melhores do Oscar 2023. O motivo, um mistério, eu mesmo ainda não entendi.
Lydia Tár é uma figura com personalidade exótica. Mas seu incrível talento para a música faz dela alguém que todos querem ter por perto. Afinal, é uma maestrina e compositora de classe mundial, com um ego elevado para combinar com sua formidável reputação profissional. Contudo, após o suicídio de uma antiga auxiliar, ela começa a ver tudo ruindo. E bom, é isso, apenas isso. São quase três horas de filme dedicado a uma trama que é apresentada e desenvolvida, mesmo, em apenas quarenta minutos.
Talvez seja muito uma questão de perfil. O filme é sim lindo, a qualidade da montagem e da atuação são incríveis. Contudo, sejamos sinceros, se “imagem bonita” é um critério decisivo para ir ao cinema, podemos economizar com uma série de fotos do Google, postas em uma apresentação de três horas.
O filme é praticamente um monólogo da personagem principal. E, claro, vem dela os pontos que podem ser os debates do filme. Aqueles que ficaram até o final, percebem como ela passa a “sofrer” por um detalhe que ela mesma critica em uma aula. Profissionais excepcionais merecem ter seu trabalho desmerecido, mesmo sendo impecáveis, por quem são em sua vida pessoal? Mesmo assim, ainda é dúbio, pois fica a critério do espectador a resposta de que o filme está apoiando ou criticando. Isso, entretanto, é positivo. Afinal, cinema e arte são interpretação.
“TÁR” é complexo. Não é um filme bom, com história arrastada ao máximo. Um curta que precisava de tempo para virar um longa.