Crítica: Dahmer – Um Canibal Americano
“Dahmer – Um Canibal Americano” é uma série da Netflix inspirada em fatos reais, que traz a história de um dos mais famosos serial killers americano.
Um garoto que sofreu desde sempre com o abandono. Sua mãe o trocava pelas drogas, até que saiu de casa num momento que seu pai estava fora, ficando sozinho por meses. Seu pai sempre se conectava com ele, incentivando um hobby estranho: fazer “autopsia” em animais que encontravam mortos na estrada. Do guaxinim, até a coragem do primeiro assassinato, e por fim uma série de vítimas que ele não só matava, mas torturava e até comia seus órgãos. Com isso, é de se entender o quão complicado é a trama, ainda mais por ser um caso real, e porque o sucesso também parecia garantido.
“True Crime” é como nos referimos a esse gênero, seja ele em séries ou outros conteúdos. É um “debate” sobre esses criminosos que fizeram história, um estudo sobre seus modos de agir, escolher vítimas e quem sabe, o que pensavam e diziam para se defender. Um gênero que vem ganhando força, num momento em que a violência cresce pelos menores motivos.
Aqui ainda temos questões raciais e de minorias. As vítimas são, em sua maioria, LGBTs e negras. Um grupo que hoje já é alvo, mas que no tempo em que tudo ocorreu nem tinham como registar ou se fazer escutar. Inclusive o caso mais bizarro é ver que há registros das ligações de ocorrência de uma das vítimas. Assim, a polícia escolta um rapaz latino, sangrando, claramente dopado e menor de idade de volta para o apartamento daquele que seria seu executor. Mas né, “coisa de gay”.
“Dahmer – Um Canibal Americano” mostra uma história e personagens do passado, mas que tem muitos representantes no presente.