Crítica: Duna – Parte 2
“Duna – Parte 2” é um filme que faz a Warner se estabelecer na história “recente” do cinema. Em uma época de histórias repetidas e CGI mal feito, é um alívio.
Não é novidade que não gostei do primeiro filme. É sim um filme tecnicamente bonito, mas nada muito além disso. Dito isso, é um alívio dizer que a parte 2 é, sim, melhor. As maiores qualidades continuam, e se expandem. Agora Paul, que muda de nome e complica minha vida, está se erguendo como o salvador anunciado na profecia. Ainda assim, é interessante notar como os crentes e descrentes são trabalhados. Os descrentes são mais receosos, se mantém na lógica até que algo realmente aconteça. Já os crentes, mesmo se a profecia está um pouco distorcida, eles ainda entendem como sinal sem sequer questionar.
Enquanto isolados, nos aventuramos em conhecer mais aspectos do universo. Fé, tradição, política e cultura. Não apenas do povo do deserto, mas também dos grande vilões. Esses que, aqui, me soou como rápido demais. Mesmo assim nos entregam um dos cenários mais bonitos e destoantes. Entretanto, quando surge o psicopata, ele não soa como um. Tá, ele mata pessoas! Mas o grande aspecto é que ele deveria ser cruel e imprevisível, mas aqui é bem claro, ele é ruim e vai matar pessoas.
Contudo, para a época de lançamento, o filme conversa bem. Isolamento, receios, medos, fanatismos e conflitos permeiam tudo. Infelizmente, era assim antes e será por um tempo. Ou seja, um filme atemporal. A sensação ao assistir foi de que não me distraí pela trama, mas porque vendo em IMAX, era impossível não desviar a atenção pela trilha extremamente alta.
“Duna – Parte 2” melhora, e muito, em relação ao primeiro. Mas ainda não é um filme que reveria.