Crítica: Ela é o Cara
“Ela é o Cara” é uma comédia da Imagens Filmes que, vendo hoje, vai além do humor e propõe um debate sobre os esportes que ainda perdura.
Viola tem um perfil oposto ao que sua mãe deseja para uma garota da idade dela. Enquanto sua mãe pensa que o ideal seriam vestidos, bailes de debutante e garotos, Viola está mais focada em ser uma jogadora de futebol. Ela é irmã gêmea de Sebastian, que como ela, também quer seguir um caminho oposto aos dos pais. Por isso, vai escondido tocar na Europa com sua banda. Quando o time feminino da escola de Viola é dissolvido e não deixam elas participarem do masculino, Viola vê a viagem de seu irmão como uma oportunidade. O plano é se passar por ele, entrar no time de futebol e vencer sua escola! Mas é claro, no meio do caminho não vai faltar um romance e algumas brigas.
Enquanto o padrão de comédias românticas adolescentes, principalmente da época, usam o humor sexual como escape para atrair, o filme chega a arranhar uma abordagem mais crítica. Como uma mulher que se passa por homem, boa parte da maioria dos estenótipos são postos. Mas não só para o humor, mas também para distanciai o máximo possível o comportamento de ambos.
A crítica do papel imposto socialmente para homens e mulheres não é novidade. Mas, quem sabe, melhoramos aos poucos? Contudo o destaque é esse, e por isso seja um filme ainda válido. É uma porta de entrada para começar a se questionar. Seja sobre seu papel social ou a vida que seus pais quer que você tenha.
“Ela é o Cara” não tem um nome forte no elenco, um texto genial ou uma trilha memorável. Mas, ainda relevante, é uma boa sugestão.