Crítica: Entre Montanhas
“Entre Montanhas” é um filme da Apple que te atrai pelo mistério, te cativa pela relação dos personagens, mas talvez te tire do tom com as revelações.
Drasa e Levi são dois agentes que assumem as missões mais secretas possíveis. Após uma série de guardiões anteriores, é a vez deles serem recrutados para proteger um desfiladeiro. Cada um fica de um dos lados da montanha. Contudo, o que começa como uma missão de guarda sem muitos detalhes, se torna um mistério de ficção científica e até um romance. Enquanto eles se aproximam, mesmo com as limitações na comunicação, as criaturas que surgem se transformam em curiosidade.
Quando anunciado, o filme já teve um apoio do público e da crítica. Afinal, o elenco já é conhecido e a plataforma ser a Apple, sugeria uma qualidade maior. A sinopse também instigava. Muitos filmes que são lembrados, alcançam esse feito justamente por abordar mais questões do que um tiroteio em criaturas misteriosas, e aqui isso se repete. Contudo, a sensação que fica ao final é de que a história dos dois é muito maior que a ação, mas ela teve que existir.
Ainda mais, podemos somar tudo isso a uma mudança pouco gradual no tom do filme que, reforça a urgência das situações. Do clima “pé no chão” par a ficção científica experimental, a produção não nos faz deixar de ter atenção. E, principalmente para o streaming, a chave do sucesso está justamente nessa capacidade de nos manter atentos.
“Entre Montanhas“, por mais que tenha tiroteio, bombas e criaturas extraordinárias, ainda sabe como fazer uma história entre duas pessoas distantes que se aproximam, literalmente e figurativamente.