Crítica: Força Queer – 1ª Temporada
“Força Queer” é uma animação da Netflix totalmente voltada para o público adulto. Porém, dessa vez, parece que a dosagem foi bem feita. É a versão de “Três Espiãs Demais” que os adolescentes gays não tinham nos anos 2000.
Não é a primeira animação voltada para o público adulto e LGBTQIA+, criada pela Netflix. A primeira foi “Super Drags“, que inclusive é brasileira. Na ocasião, houve bastante publicidade sobre isso, mas foi cancelada na primeira temporada. O grupo, que cumpria missões e com um universo lotado de referências, não emplacou como esperado.
Agora, apesar dos elementos semelhantes, temos uma nova tentativa. Entretanto, houve um claro investimento no roteiro, além de uma moderação. Mas não se engane, ainda repete vários estereótipos, principalmente a onipresença fálica. Além disso, não é apenas gay, mas traz personagens lésbicas, bis e heterose. De certa forma, abraça a comunidade como um todo.
Mary é o melhor agente da academia, mas é rebaixado quando em seu discurso revela que é gay. O modelo padrãozinho então, é posto para reserva e monta uma equipe com outros membros da comunidade. Após 10 anos sem nenhuma missão, toma a decisão de procurar por si mesmo e esbarra em uma conspiração. Sendo assim, a agência se vê obrigada a aturá-los agora. Contudo, o grupo acaba se envolvendo em algo que compromete até a instituição.
“Força Queer” vem crescendo naturalmente. Por ser uma animação adulta, é de se esperar a conotação sexual, mas aqui é menos apelativa. Agrada pelo humor e a história é satisfatória. Mesmo com a história redondinha, há a possibilidade para uma segunda temporada.