Crítica: Garfield – Fora de Casa
“Garfield – Fora de Casa” é a mais recente animação da Sony que, se depender dela, vai fazer com que o gato comilão permaneça fora de casa.
Garfield está na lista dos gatos mais famosos da cultura pop, sua rotina de preguiça e comilança é, talvez, o sonho da maioria. Junto de Jon, seu tutor, e Odie, o cãozinho de Jon, ele vive tranquilo e feliz. Mas um dia, ao fazer seu lanche da meia noite, ele e Odie são sequestrados. Contudo, o plano não foca em Garfield, mas sim em Vic, seu pai. Agora eles partem em uma aventura com descobertas e ação, e isso promete aproximar os dois felinos.
Ou eu tenho uma memória afetiva muito forte, ou Garfield sempre foi tão ruim e eu só não percebia. Os dois minutos do trailer entregam os melhores momentos do filme. São poucos os personagens do filme que se salvam, sendo um destaque para Odie, que sem ter uma fala, carrega o filme nas costas. A animação é fluída e bem feita, mas os elogios acabam aqui.
Enquanto se assiste o filme, para aproveitar, você tem que se desligar totalmente de tudo. O plano da vilã faz sentido no início, mas depois só vira uma justificativa fraca para manter Garfield e seu pai juntos. Afinal, se o alvo era Vic, porque colocar todos numa jornada? E, falando em justificativa fraca, Vic tem a pior delas. Todo o drama do filme está em Vic ter abandonado Garfield filhote, o que vemos depois não ser toda a verdade. Mas ainda é um fato que tudo que está acontecendo com o Garfield é sim culpa de seu pai, que o arrastou para seus problemas.
“Garfield – Fora de Casa” podia ser uma aventura, mas se tonar o motivo para escolher ficar em casa.