“Guerra Civil” é um filme da Diamond que, apesar de “ser um filme de guerra”, é bem mais focado no fotojornalismo e na busca pelo “furo”

Os Estados Unidos estão separados e lutando após o atual presidente dar um golpe e estar em seu terceiro mandado. Essa guerra se espalha por quase todo o território com dois lados claros, aqueles que concordam e aqueles que discordam. Dentro desse contexto temos a fotojornalista Lee, o jornalista Joel que é vivido por Wagner Moura, Sammy que é o mais experiente do grupo e Jessie, a mais nova e que tem Lee como heroína. Juntos, partem de New York até Washington D.C., esbarrando em diversos cenários de terror no caminho.

Bom, o filme é um pouco complexo. Afinal, é um filme de conflito que não nos informa muito sobre o conflito. Por mais que concorde com a justificativa de que o foco é a equipe de jornalistas, é inevitável não se fazer algumas perguntas. “Como tudo chegou nesse ponto?” “Quais as posições políticas e o que defendem cada grupo?”

No fim das contas, é uma jornada de pessoas morrendo e se matando. Apenas. Sendo assim, ao menos para jornalistas, o filme ganha um peso maior. Para nós, brasileiros, ainda tem um extra em ter Wagner entre os principais, mas além disso, o filme não é marcante. Em um momento político instável, tentar apresentar algo neutro chega a ser impossível, ainda mais quando setores como o cinema, por exemplo, se não visam um puro entretenimento, tentam comunicar algo.

“Guerra Civil” é um bom filme de guerra. Sendo fiel a sua premissa, o filme sobre jornalistas deixa perguntas e não se importa com as respostas. Além disso, o filme DEPENDE do IMAX para ganhar pontos.