Crítica: Heartbreak High
“Heartbreak High” é uma produção australiana que procura espaço no catálogo da Netflix, prometendo uma mistura de “Sex Education” e “Euphoria“.
Amerie retorna para a escola após um tempo sem ver, inclusive, sua melhor amiga Harper. Ao chegar, o assunto que rapidamente ganha repercussão é um mapa em uma das paredes onde mostram todas as relações sexuais entre os alunos. Apesar de sua amiga ter participado, devido sua recente mudança, Ame assume a culpa. Porém, o estrago foi feito e para melhorar a reputação da escola, a diretora coloca todos que tiveram no nome escrito em uma aula de educação sexual que apelidam de PUTAS. Claramente todos detestam a ideia, mas o convívio forçado vai fazer com que trabalhem outros aspectos, além dos sexuais.
Apesar dos assuntos relacionados ao sexo serem o maior atrativo para a série, a armadilha é perfeita. Diferente de “Sex Education“, como citei, aqui todo esse assunto orbita quando o foco são as relações pessoais dos jovens. Claro, ainda temos as discursões dos assunto, contudo quando acontece é consequência de uma relação que não surgiu pelo sexo apenas.
Problemas familiares, relação entre pais e filhos, dramas maiores ou apenas um bate boca por algo que desejava ter. A participação da família aqui é, ainda, pequena, mas constante. Inclusive com a escola chamando os pais em diversos momentos. O centro são os adolescentes, mas há mais em uma vida de jovem do que os dramas sobre crushs de escola ou brigas por garotos/garotas.
“Heartbreak High” tem conteúdo e foge de trazer clichês apenas para atrair audiência. Não depende do acontecimento catalizador para sobreviver a temporada e mostra um amadurecimento com tempo real.