Crítica: His Dark Materials
“His Dark Materials” chega ao seu fim, com três ótimas temporadas, todas completas e já disponíveis na HBO Max.
A trama da série já teve uma chance nas telonas, com “A Bússola de Ouro”. Contudo, apesar da qualidade gráfica, a franquia não foi para frente. Sendo assim apostar em uma série mais contida foi certeira, pois mesmo com as dificuldades entre as temporadas, conseguem entregar o final com o mesmo esquema do material base. Afinal, cada temporada tem o título do livro da série e que vai apresentando os itens que são fundamentais.
Lyra vive em um mundo no qual todos são acompanhados por seus Daemon, que são animais, mas se fixam em uma forma específica só após determinada idade. Seus pais trabalham para as autoridades desse universo, em uma pesquisa envolvendo o “Pó”. Tudo veio do “Pó” e é o material que rege a existência do multiverso. Aos poucos, Lyra é posta no conflito por conta de profecias e mais tarde temos uma guerra entre todos e anjos. Na segunda temporada conhecemos Will, destinado a “faca sútil”, que permite abrir portas entre mundos, além de cortar qualquer coisa.
A produção é muito bem feita, as tramas são entrepostas de forma tranquila. Aqui, definitivamente, mesmo com poucos episódios nada é apressado. Mas aqui está o que mais faz a série ser apagada. Todo esse ritmo lento é preciso para que o espectador entenda os detalhes do universo. A lógica dos Daemons, a mitologia por trás das profecias ou como funciona e o que é o “Pó”.
“His Dark Materials” tem um final agridoce. Apesar de um início bem comentado, seu final acaba apagado, pois boa parte da audiência deixou de acompanhar, muito por conta da complexidade.