Crítica: Imaculada
“Imaculada” é um terror da Diamond que cresce até atingir seu ápice na metade do filme, mas para infelizmente cair na conclusão.
Uma irmã vai para um local isolado, no meio do nada, mas que é uma casa de repouso que ajuda as pessoas nos seus últimos dias. Chegando lá, algumas coisas chamam a sua atenção, mas não leva muito a sério pela dificuldade com o idioma e não soar como ingrata pela oportunidade. Contudo, quando fica grávida, mesmo sendo virgem, essa oportunidade se revela um pesadelo, mesmo ela sendo a mãe do próximo salvador do mundo.
Indo direto ao ponto, admito que os filmes de terror com fortes bases religiosas, são para mim, os melhores. Muito disso se dá pela aparente facilidade, afinal os ritos por si tendem a entrar num vale da estranheza para quem só conhece o raso religioso. Afinal, será que é mesmo impossível de pensar que seriam capaz de tentar uma clonagem para simular um novo “Jesus Cristo” para o mundo?
E, sendo assim, o início e a construção da atmosfera do filme é seu maior destaque. A estrutura do local, tanto social e física, faz sentido. Por mais que as Irmãs são a maioria, são os homens que possuem voz. Quando elas falam são ditas como loucas, ou repreendidas ou se tornam os bodes expiatórios. Sua opinião não importa.
“Imaculada” perde ao se distanciar do terror quase real ao abraçar uma loucura que pode ser até cômica. Mas, em um tempo onde fiéis depredam estátuas de outros grupos por, suspostamente, serem causadores de chuvas, será que essa veia paranoica não é, de fato, o mais real da produção?