Crítica: Mais que Amigos, Friends
“Mais que Amigos, Friends” é uma comédia romântica da Universal que vinha sendo considerada a primeira produzida por um grande estúdio com foco em um casal LGBTQIA+. Contudo, até quando as produtoras vão continuar colocando esse peso, e se decepcionando com o resultado na bilheteria?
Bobby é um podcaster famoso, de sucesso na comunidade LGBTQIAP+. Porém, com seus 40 anos ele considera nunca ter se apaixonado. Além disso, batalhou bastante para chegar onde está, tendo diversas ideias rejeitadas por ser “gay demais”, ou até mesmo por “seu perfil” não condizer com isso. Agora ele também tenta inaugurar um museu voltado para a história da comunidade, afim de manter viva a memória. Porém um dia, na balada, conhece Aaron, um gay “padrão” e numa troca de olhares, iniciam o que pode se tornar um grande romance.
Para uma comédia romântica, falta uma cena grande que faz com que o público lembre. Afinal, a estrutura é sempre a mesma e o resultado também, então foca na trajetória. E isso falta no filme, mesmo a cena final, tendo a intenção disso, não prende tanto. Isso ocorre também pelo filme se arrastar e, particularmente, achar que a atitude deveria ter vindo de Aaron.
E a “barriga” é tanta que no evento final, estava mais divertido reconhecer boa parte dos convidados do que o romance dos protagonistas. O casal é interessante, vende uma veracidade de como é boa parte dos relacionamentos, mas ao mesmo tempo que tenta trazer milhões de temas, não se aprofunda em nenhum. Inclusive, chega a ser cansativo.
“Mais que Amigos, Friends” já estava em meu radar, é um filme bom, mas apenas isso. Se já está meio esquecido hoje, imagina depois.