“Me Chame Pelo Seu Nome” é um filme da Sony que chegou a concorrer ao Oscar e ganhou outros prêmios. Certamente, um dos mais famosos da nossa série de filmes no mês do orgulho LGBTQI+.

Garantimos que o filme foge do padrão não só pelo tema, mas também pela sua construção. Afinal, ele não tem necessariamente um princípio, meio e fim, tão pouco um vilão. Muito dele é resumido numa expressão: “o tempo”. Apesar disso, cabem umas observações quanto a forma e principalmente o final, mesmo comparado ao livro homônimo que deu origem a ele.

Elio tem 17 anos e mora na Itália com seus pais. Seu pai trabalha em uma universidade que sempre recebe estudantes nas férias, e é durante uma dessas férias que conhecemos Oliver. Os dois se apaixonam e vivem intensamente esse romance de verão. Por tanto, o tempo aqui é mostrado como um obstáculo, quando toda a história dos dois tem um fim já determinado, antes mesmo de acontecer.

A descoberta da atração de ambos é retratada de forma a mostrar as experiências de cada um. Elio, mais novo, fica meio “doido” por Oliver, mas ainda está tentando entender e se conhecer. E é aqui que temos a famosa cena do pêssego. Oliver, por sua vez, já entende o que esta acontecendo, evita a relação mas aos poucos vai cedendo. Como era de se esperar, no final é Elio quem mais parece sentir a despedida. E, ao final, temos um misto. Por um lado, o discurso do pai de Elio com ele é de bater palmas. Porém, quando Elio conversa com Oliver ao telefone gera um problema, ao aparentar que tudo foi apenas uma fase do personagem.

“Me Chame Pelo Seu Nome” é um bom filme e com um trilha sonora ainda melhor.